Há 13 anos eu ganhei um amigo inseparável. Foi de um jeito
meio torto, inesperado como a maioria das grandes amizades. Nem sabia direito
se conseguiria, mas hoje, depois de mais de uma década vejo que não só
conseguimos, mas estamos entrando em uma nova etapa.
Prince é meu cachorro, que já foi o pior do mundo e hoje é
um senhorzinho cheio de manhas. Ele nunca foi de muitos luxos, ao contrário,
sempre se comportou como um legítimo cão selvagem, o tipo que não gosta de
tomar banho (fica deprimido toda vez que passa pelo processo), faz xixi nos
tapetinhos para deitar, rasga as roupas que coloco para protegê-lo nos dias
frios e almofadas ou qualquer coisa que se pareça com uma cama. Mas aos 13 anos
ele já não tem toda essa “revolta” interna e começa a esboçar os primeiros
traços da velhice, me deixando alerta para os próximos anos que virão.
"Ai como eu adorei minha cama nova!" :-D |
A preocupação com o local para dormir começou um uma
inusitada inflamação na pata traseira. Aqueles calos de contato, muito comuns
em cães de grande porte, inflamam! Eu não fazia ideia da possibilidade disso
acontecer até me deparar com ele impossibilitado de colocar a pata, inchada e
vermelha, no chão para caminhar. No veterinário foi feita uma limpeza do local
para retirar o pus, ele tomou injeção de anti-inflamatório e antibiótico. Tudo
certo, sem grandes preocupações além de ministrar os remédios, tarefa mais que
complicado para um cão grande e cheio de personalidade. Tudo ia bem até que,
exatos 30 dias depois, lá estava a pata inchada outra vez. Corri para o
veterinário com a preocupação redobrada. O diagnóstico foi o mesmo, mas dessa
vez sem inflamação, apenas o inchaço provocado por uma “gelatina” criada pelo
próprio organismo do cachorro para proteger a região do impacto com o chão.
Resumindo, Prince não pode mais ficar deitado no chão duro,
coisa que ele adora fazer. Por orientação do veterinário, eu devo forrar o
local que ele fica com aqueles tapetinhos de criança, comprar uma cama ou uma
botinha com proteção para calos (?).
Moro em casa e o cão fica solto. Impossível forrar todos os
lugares com tapetinhos coloridos, até porque custam em média R$ 7,00 cada
quadradinho de 50 x 50, resolvi começar pela cama. Já conhecia a famosa cama
feita com canos de PVC e então decidi tentar construir a minha. Existem vários
vídeos e tutoriais disponíveis online que explicam tudo direitinho, mas tem
sempre aquela distância entre “ficção” e realidade.
Para começar todos os vídeos que encontrei são bem
explicativos, mas voltados para cães de pequeno porte. Meu cachorro pesa 42 Kg!
O cano necessário para fazer uma cama para ele não pode ser o branco, mas
simples, precisa ser o marrom chamado de blindado. Mais grosso e resistente. Resistência
que me custou caro no bolso e esforço físico. Confesso que estava com pressa e
não pesquisei preço, comprei numa lojinha de material de construção pertinho de
casa por R$ 11,90 o metro e com os joelhos (R$ 7,50 cada), T’s (R$ 6,90 cada),
parafusos e broca a conta ficou em R$ 97,30.
Já no primeiro passo, cortar o cano, senti a dificuldade de
ter um cão de grande porte. Com o cerrote, levei um tempinho para cortar todos
os pedaços. Na hora de encaixas os joelhos e T’s outra batalha. Resolvi fazer
uma marca para saber até onde o cano deveria entrar na conexão. Depois foi tudo
fluindo mais fácil. Furadeira, chave de fenda, parafusos e...lona. Sim, não
utilizei tecido ou tela como indicado no vídeo. Como disse, meu cachorro fica
fora de casa, passeamos na rua, enfim, não é um cão lá muito limpinho. Imagina
só ter que lavar uma cama de tecido toda semana? Reutilizei um banner, desses
que promovem ou indicam o local das palestras e reuniões, do ultimo evento que
trabalhei. A lona é bem grossa, sustenta o peso do “filhote” sem ceder muito e
é só passar um pano que está limpinha!
Não foi tão simples como mostra o vídeo, mas valeu a pena o
trabalho. Meu filho cão adorou a cama nova;-)
Eu peguei todas as informações neste site: Dicas Peludas e segui este vídeo:
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